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Dólar fecha em queda nesta sexta, mas termina março em alta



A moeda norte-americana caiu 0,41%, a R$ 3,1311 na venda.


O dólar virou e fechou em queda nesta sexta-feira (31), após o fechamento da Ptax de final de mês. A queda foi parcialmente contida pela interferência do Banco Central no câmbio, com leilão de linha para rolagem parcial do vencimento de abril.


A moeda norte-americana caiu 0,41%, a R$ 3,1311 na venda. Na semana e no mês, no entanto, o dólar subiu 0,73% e 0,57%, respectivamente. Foi a primeira alta mensal desde novembro de 2016. No ano, acumula queda de 3,65% em relação ao real.


"O pregão hoje foi bastante técnico, com volume forte e muito focado na formação da Ptax", afirmou à Reuters o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.


A briga pela formação Ptax de final de mês (taxa de câmbio calculada pelo BC que serve de referência para contratos) segue influenciando o câmbio nesta semana. A Ptax baliza diversos contratos cambiais, e os investidores costumam atuar para puxar as cotações do dólar conforme seus interesses.


"Os investidores que defendiam uma Ptax mais alta sabiam que tinham puxado artificialmente o dólar e assim que a taxa fechou, desovaram o que tinham comprado", comentou à Reuters o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado ao destacar o forte volume para a formação da Ptax desta sexta-feira, de fim de mês e de trimestre.


Interferência do BC e cenário interno

O Banco Central encerrou na véspera os leilões de swap cambial tradicional - equivalente à venda futura de dólares - e deixou de rolar quase metade do vencimento de abril.


Para esta sexta-feira, anunciou leilão de linha, venda de dólares com compromisso de recompra, mas em volume inferior ao vencimento do próximo mês. A oferta será de até US$ 2 bilhões, para rolagem parcial do estoque total de US$ 5,2 bilhões, dos quais US$ 4,4 bilhões vencem no dia 4 de abril.


Assim, os investidores que precisarem de moeda terão que ir a mercado se abastecer, gerando pressão compradora.


"Abril deve ser um mês nervoso e isso leva muitos investidores a buscarem proteção no mercado, sobretudo com as rolagens parciais do BC", destacou à Reuters o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa.


No próximo mês, o mercado trabalha com uma volatilidade um pouco maior no mercado de câmbio, à medida que vai chegando mais perto a votação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.


"E se quiser evitar uma volatilidade muito grande, o BC pode rolar uma parte maior do swap cambial tradicional", lembrou Correa.


Em maio, vencem cerca de US$ 6,4 bilhões em swap cambial tradicional.


No exterior, o dólar subia em relação a moedas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca, também influenciando o avanço ante o real.


Na quinta-feira (30), a moeda norte-americana avançou 0,87%, vendida a R$ 3,144, depois de bater R$ 3,1458 na máxima do dia e R$ 3,1177 na mínima.

#Câmbio #Economia

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