A cada US$ 100 exportados pelo Brasil, US$ 25 são tragados pelo voraz apetite da China

Brasília – A importância da China como país de destino das exportações brasileiras não para de crescer e hoje supera parceiros tradicionais do Brasil, como a União Europeia, o maior e mais importante bloco comercial do planeta integrado por 28 estados-membros. De janeiro a setembro, as exportações para a China ultrapassaram a cifra de US$ 40 bilhões, muito acima dos US$ 25,8 bilhões embarcados para o conjunto do bloco europeu.
Nos oito primeiros meses deste ano as exportações para a China tiveram uma alta de 34,1%, comparativamente com o mesmo período de 2016. Em média, o Brasil exportou US$ 213 milhões para os chineses a cada dia. A participação da China nas vendas externas brasileiras alcançou o percentual de 24,3% este ano, contra 21,5% entre janeiro e setembro do ano passado. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Nenhum outro país, ou mesmo bloco comercial, se aproxima da China entre os maiores importadores de produtos brasileiros. A Europa, por exemplo, que em seu conjunto figurou como o segundo principal mercado para produtos nacionais no exterior, importou bens brasileiros no total de US$ 30,7 bilhões, dos quais US$ 25,8 bilhões foram adquiridos pelos 28 países que integram a União Europeia.
Por sua vez, os países da América do Sul responderam por importações no total de US$ 26 bilhões, cabendo ao Mercosul um total de US$ 17 bilhões. Capitaneada pelos Estados Unidos, individualmente o segundo principal importador de produtos brasileiros, a América do Norte adquiriu um total de US$ 25,3 bilhões, com pouco menos de US$ 20 bilhões embarcados para o mercado americano.
O aumento expressivo (+34,1%) nas exportações para a China deveu-se a altas expressivas nas vendas de soja em grao, petróleo em bruto, minério de ferro,carne bovina, celulose, minério de manganês, ferro-ligas, óleo de soja em bruto e hidrocarbonetos.
De acordo com os dados do MDIC, os principais países de destino das exportações, no acumulado janeiro-setembro de 2017 foram 1) China (US$ 40,0 bilhões); 2) Estados Unidos (US$ 19,9 bilhões); 3) Argentina (US$ 12,9 bilhões); 4) Países Baixos (US$ 7,0 bilhões) e 5) Chile (US$ 3,8 bilhões).