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Decisão sobre importação de café conilon no Brasil pode sair após reunião nesta 3ª feira


Informação do Valor Econômico aponta que estoques da variedade no país são de cerca de 2 milhões de sacas


O secretário de Política Agrícola do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Neri Geller, e outros executivos da pasta se reúnem nesta terça-feira (17), às 16h, em Brasília (DF), com o setor produtivo e a indústria para mais uma rodada de discussões sobre a importação de café conilon (robusta) pelo Brasil. O pedido foi feito pela indústria que alega impossibilidade de manter a atividade sem o grão disponível no mercado brasileiro.


Neste encontro, também serão apresentados os números finais do levantamento feito pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) dos estoques brasileiros, e pode ser feita uma recomendação positiva ou negativa sobre a importação para ser enviada ao ministro Blairo Maggi, segundo informou a assessoria de imprensa do Mapa. O Valor Econômico reportou nesta segunda-feira (16), com exclusividade, que a conclusão da Conab é que os estoques de conilon no país sejam de 2,2 milhões de sacas de 60 kg.


Segundo Neri Geller, esse volume aponta que os estoques "realmente estão muito baixos". Porém, a decisão sobre a importação ou não será feita na reunião desta terça-feira e, segundo a assessoria de imprensa do Ministério, existe a possibilidade de que já seja feita uma recomendação ao ministro para que autorize a medida junto à Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão do Ministério do Desenvolvimento.


O ministro Blairo Maggi não participa da reunião nesta terça-feira. Ele está em missão internacional para participar da 9ª Conferência de ministros do Fórum Global para a Alimentação e Agricultura, da reunião dos ministros da Agricultura de países integrantes do G-20, depois vai ao Parlamento Europeu e à uma conferência nos EUA com foco na América Latina.


Representantes da indústria pleiteiam a importação de 200 mil sacas mensais desde o fim do ano passado, no período compreendido entre janeiro e maio, volume que seria isento da tarifa de importação. Acima disso, seria aplicada a Tarifa Externa Comum (TEC) de 35%. Os cafés poderiam ser importados de países como o Vietnã e Indonésia.


Já o setor produtivo afirma que existe sim café disponível no país e que as indústrias não precisariam fazer a importação. De acordo com o deputado federal Evair Vieira de Melo (PV-ES), os números divulgados pela Conab cometem um "equívoco metodológico" e não correspondem com a realidade vivenciada nos estados produtores, que possuem estoques muito maiores.


Os números levantados pelos setores do café conilon apontam um estoque de 500 mil sacas disponíveis na Bahia, 200 mil sacas disponíveis em Rondônia e um pouco mais de 3 milhões de sacas no Espírito Santo. Portanto, o número da Conab não representa nem 1/3 da realidade apontada.

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